O Golden State Warriors, uma das franquias mais dominantes da NBA na última década, parece estar chegando ao fim de uma era. Com múltiplos títulos, recordes históricos e um estilo de jogo revolucionário, a equipe liderada por Stephen Curry, Klay Thompson e Draymond Green marcou o basquete moderno. No entanto, nos últimos anos, sinais de declínio têm se tornado evidentes. Lesões, envelhecimento do núcleo principal e mudanças na liga levantam a questão: estamos testemunhando o fim da dinastia dos Warriors?
O Ápice da Dominância
Entre 2015 e 2022, os Warriors estabeleceram uma hegemonia raramente vista na NBA. Com cinco finais consecutivas (2015-2019) e quatro títulos (2015, 2017, 2018 e 2022), o time se tornou sinônimo de excelência. A chegada de Kevin Durant em 2016 elevou o nível da equipe a patamares absurdos, criando um dos times mais talentosos da história.
O estilo de jogo baseado em arremessos de três pontos, passes rápidos e defesa intensa – batizado de “Strength in Numbers” – mudou a maneira como o basquete é jogado. Stephen Curry se tornou o maior arremessador de todos os tempos, Klay Thompson estabeleceu recordes de pontuação em um único quarto, e Draymond Green redefiniu o papel do armador-defensor.
As Primeiras Rachaduras
A primeira grande queda veio em 2019, quando Durant e Thompson sofreram lesões graves nas finais contra o Toronto Raptors. A saída de Durant para o Brooklyn Nets marcou o início de um período turbulento. Na temporada seguinte (2019-20), Curry também se machucou, e os Warriors mergulharam para o fundo da tabela.
Apesar da conquista inesperada do título em 2022 – uma prova da resiliência do núcleo original –, os problemas continuaram. Thompson retornou após duas lesões graves, mas não era mais o mesmo jogador defensivo. Draymond Green perdeu parte de sua intensidade, e a equipe passou a depender excessivamente de Curry, agora na casa dos 30 anos.
O Declínio Acelerado
Nas últimas temporadas, os Warriors enfrentaram dificuldades em manter a competitividade. O elenco envelheceu, e as contratações de jovens como Jordan Poole e Jonathan Kuminga não surtiram o efeito desejado. A saída de figuras importantes do banco, como Andre Iguodala e Shaun Livingston, também afetou a profundidade do time.
Além disso, a NBA mudou. Outras equipes adotaram e aperfeiçoaram o estilo dos Warriors, enquanto franquias mais jovens e atléticas, como Denver Nuggets e Boston Celtics, assumiram o protagonismo. A falta de mobilidade defensiva e a dependência de arremessos de três pontos se tornaram pontos fracos explorados pelos adversários.
O Futuro Incerto
Agora, a grande questão é: os Warriors podem se reinventar? Stephen Curry ainda é um jogador de elite, mas não pode carregar o time sozinho. Klay Thompson enfrenta negociações conturbadas, e Draymond Green já não tem o mesmo impacto. A administração da franquia terá que decidir entre reconstruir em torno de Curry ou iniciar uma transição mais ampla.
Se a era de ouro dos Warriors realmente chegou ao fim, seu legado permanecerá. Eles não apenas venceram, mas transformaram o esporte. Resta saber se conseguirão escrever mais um capítulo ou se este será o epílogo de uma das maiores dinastias da história da NBA.