Fim dos ‘descontos na folha’ de aposentados do INSS divide o governo Lula

' de aposentados do INSS divide o governo Lula

O fim dos chamados “descontos na folha” de aposentados e pensionistas do INSS tem sido um tema polêmico no governo Lula, refletindo a divisão entre diferentes setores do governo e a pressão por ajustes fiscais.

O que está em jogo?

Os “descontos na folha” referem-se a valores retidos diretamente no pagamento de benefícios do INSS para cobrir débitos como:

  • Pensão alimentícia;
  • Tributos não pagos (como IRPF);
  • Empréstimos consignados em atraso;
  • Outras dívidas regularizadas judicialmente.

A proposta em discussão é limitar ou extinguir esses descontos, alegando que eles comprometem a renda básica dos aposentados, muitos dos quais dependem exclusivamente do benefício para sobreviver.

Divisão no governo Lula

  1. Ministério da Previdência (Carlos Lupi) – Defende a redução dos descontos, argumentando que muitos idosos ficam com valores insuficientes para sobreviver após os descontos.
  2. Ministério da Fazenda (Fernando Haddad) – Preocupa-se com o impacto fiscal, já que a medida pode reduzir a arrecadação e dificultar a recuperação de créditos.
  3. Advocacia-Geral da União (AGU) e Judiciário – Alertam que a mudança pode prejudicar cobranças judiciais, como pensões alimentícias, que têm prioridade legal.

Possíveis soluções em debate

  • Limitar o percentual descontado, garantindo um valor mínimo líquido ao aposentado.
  • Manter descontos apenas para dívidas prioritárias, como pensão alimentícia, e suspender para débitos tributários ou consignados.
  • Criar um programa de renegociação para que as dívidas sejam quitadas sem comprometer o pagamento mensal.

Veja mais:

O governo Lula busca equilibrar a proteção social aos aposentados e a responsabilidade fiscal, mas ainda não há um consenso. A tendência é que seja aprovada uma medida intermediária, como a limitação de descontos, em vez do fim total.

Enquanto isso, o tema segue gerando debates no Congresso e entre entidades de aposentados, que pressionam por mudanças.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Voltar para inicio