O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e a Glasgow Financial Alliance for Net Zero (GFANZ) estabeleceram uma parceria significativa para promover o financiamento climático no Brasil. Esta colaboração visa criar uma plataforma que mobilizará recursos para projetos de descarbonização, com foco em iniciativas que promovam a energia renovável e o reflorestamento, especialmente da Floresta Amazônica.
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Detalhes da Parceria
- Objetivo Principal: A nova plataforma servirá como um ponto de conexão entre investidores e projetos sustentáveis, facilitando o financiamento de iniciativas que visam a redução das emissões de gases de efeito estufa.
- Assinatura do Acordo: O acordo foi formalizado durante o Fórum Brasileiro de Finanças Climáticas, com a presença de Aloizio Mercadante, presidente do BNDES, e Mark Carney, copresidente da GFANZ.
- Foco em Projetos Sustentáveis: A plataforma buscará reunir projetos que gerem empregos sustentáveis e ampliem investimentos em tecnologias de baixo carbono, alinhando-se às metas do Acordo de Paris.
Importância da Iniciativa
A criação desta plataforma é vista como uma resposta à necessidade urgente de financiamento para enfrentar as mudanças climáticas. O Brasil, com sua vasta biodiversidade e potencial para reflorestamento, está posicionado como um líder em iniciativas climáticas na América Latina. Contudo, apenas 6% dos investimentos globais em descarbonização têm sido direcionados para países latino-americanos.
Expectativas Futuras
- Atração de Investimentos: A iniciativa tem o potencial de atrair investimentos internacionais significativos, com estimativas de até US$ 120 bilhões para financiar projetos climáticos no Brasil[3].
- Desenvolvimento Sustentável: Ao facilitar a conexão entre financiadores e projetos, a plataforma poderá acelerar a transição ecológica do país, promovendo um crescimento econômico sustentável e inclusivo.
Mark Carney enfatizou que esta é uma oportunidade única para o Brasil liderar globalmente em questões climáticas, destacando que as ações implementadas aqui podem servir como modelo para outras nações.
A Plataforma Brasil de Investimentos Climáticos e para a Transformação Ecológica (BIP) apresentará vários projetos estratégicos que visam promover a sustentabilidade e a descarbonização no Brasil. Os principais projetos selecionados para financiamento incluem:
- Acelen Renewables: Desenvolvimento de combustíveis renováveis, com um investimento total de US$ 3 bilhões para produzir 1 bilhão de litros por ano de diesel verde e combustível sustentável para aviação a partir da planta macaúba.
- Corredores para a Vida: Um projeto de restauração ecológica na Mata Atlântica, liderado pela Ambipar Environment e IPÊ, que busca US$ 95 milhões para reconectar áreas fragmentadas em até 6.000 hectares até 2040.
- Atlas Agro: Primeira planta de fertilizantes verdes em escala industrial no Brasil, com um total de US$ 1,15 bilhão necessário para sua implementação.
- Biomas: Um projeto que investirá US$ 150 milhões na restauração de 14.000 hectares de vegetação na Amazônia e na Mata Atlântica.
- Fortescue: Criação de uma planta de hidrogênio verde, com um investimento estimado de US$ 3,5 bilhões.
- Projeto Caldeira da Meteoric Resources: Este projeto visa arrecadar US$ 425 milhões para desenvolver métodos de extração de baixa emissão para elementos de terras raras.
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Esses projetos refletem um esforço abrangente do governo brasileiro para atrair investimentos internacionais e acelerar a transição ecológica do país, alinhando-se com as metas climáticas globais e nacionais.