Pobreza eleva em 3 vezes risco de surgimento de ansiedade

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Pobreza eleva em 3 vezes risco de surgimento de ansiedade

Um recente relatório da Organização das Nações Unidas (ONU) revela que a pobreza aumenta em três vezes o risco de desenvolvimento de transtornos mentais, como ansiedade e depressão. Este estudo, intitulado “Economia do Burnout: Pobreza e Saúde Mental”, destaca que aproximadamente 11% da população mundial sofre de algum tipo de transtorno mental.

Fatores Contribuintes

Os principais fatores que agravam a saúde mental entre pessoas em situação de pobreza incluem:

  • Jornadas de Trabalho Exaustivas: A precarização do trabalho, com longas horas e condições instáveis, compromete o equilíbrio entre vida pessoal e profissional.
  • Insegurança Financeira: A incerteza sobre a renda e o medo do desemprego geram estresse contínuo, contribuindo para quadros de ansiedade.
  • Ansiedade Climática: Eventos climáticos extremos, como inundações e secas, destroem fontes de renda, aumentando a insegurança financeira e a ansiedade.

Consequências

O relatório enfatiza que a relação entre pobreza e saúde mental é profunda e preocupante. A pressão constante para atender às necessidades básicas pode levar ao esgotamento emocional. Além disso, a desigualdade social intensifica o medo da classe média de cair na pobreza, resultando em estresse adicional.

Recomendações

Para mitigar esses problemas, o relatório sugere que os governos implementem políticas que reduzam as desigualdades sociais, como:

  • Renda Básica Universal: Um valor mínimo garantido para todos, visando afastar a ameaça da pobreza.
  • Apoio à Economia Social e Solidária: Incentivos para criar ambientes de trabalho mais justos e sustentáveis.

Essas ações são vistas como essenciais para enfrentar o que já é considerado uma epidemia de problemas de saúde mental entre os mais pobres.

A ansiedade climática, também conhecida como ecoansiedade, é um fenômeno crescente que reflete o medo e a preocupação com as consequências das mudanças climáticas. As principais causas desse tipo de ansiedade incluem:

Causas da Ansiedade Climática

  1. Exposição Constante a Notícias: A constante divulgação de informações alarmantes sobre desastres naturais, derretimento de geleiras e extinções de espécies amplifica a sensação de urgência e perigo iminente, gerando um estado de alerta contínuo nas pessoas.
  2. Falta de Controle sobre a Situação: Muitas pessoas sentem que suas ações individuais são insuficientes para combater a magnitude das crises ambientais, o que pode levar a uma sensação de impotência e frustração.
  3. Conexão Pessoal com o Meio Ambiente: Aqueles que dependem diretamente da natureza para sua subsistência podem sentir uma ansiedade mais intensa devido à sua ligação profunda com o meio ambiente, tornando-os mais vulneráveis às mudanças climáticas.
  4. Preocupação com as Gerações Futuras: O medo do que o futuro reserva para as próximas gerações, em um mundo potencialmente inóspito devido às mudanças climáticas, é um gatilho significativo para a ecoansiedade.
  5. Experiências Pessoais com Desastres Naturais: Pessoas que já vivenciaram eventos climáticos extremos podem desenvolver uma ansiedade mais aguda, pois suas experiências diretas intensificam a percepção do risco.

Essas causas interagem de maneira complexa, resultando em sintomas que variam desde desconforto leve até crises de pânico, afetando a saúde mental de muitos indivíduos em todo o mundo.

Os sintomas da ecoansiedade são similares aos da ansiedade geral, mas podem ser exacerbados pela preocupação com questões ambientais. Os principais sintomas incluem:

Sintomas Comuns da Ecoansiedade

Sintomas Físicos

  • Falta de ar: Sensação de dificuldade para respirar, frequentemente associada a crises de pânico.
  • Tremores: Movimentos involuntários, especialmente nas mãos ou pernas.
  • Palpitações: Aumento da frequência cardíaca, que pode ser confundido com problemas cardíacos.
  • Suor excessivo: Sudorese em situações de estresse ou preocupação intensa.
  • Tontura: Sensação de desmaio ou vertigem, que pode ocorrer em momentos de ansiedade aguda.
  • Náuseas e desconforto abdominal: Sintomas gastrointestinais que podem surgir devido ao estresse emocional.

Sintomas Psicológicos

  • Preocupação excessiva: Pensamentos constantes sobre as mudanças climáticas e suas consequências.
  • Medo constante: Sensação de que algo ruim está prestes a acontecer, especialmente relacionado ao meio ambiente.
  • Dificuldade de concentração: Problemas para focar em tarefas diárias devido à ansiedade sobre questões climáticas.
  • Despersonalização e desrealização: Sensação de estar desconectado da realidade ou de si mesmo.

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Esses sintomas podem variar em intensidade e frequência, afetando a qualidade de vida das pessoas que enfrentam essa forma de ansiedade. É importante buscar apoio psicológico se esses sintomas se tornarem debilitantes.