Nova variante do vírus da dengue deixa autoridades em alerta

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A nova variante do vírus da dengue, especificamente o sorotipo 3 (DENV-3), está gerando grande preocupação entre as autoridades de saúde no Brasil. Após 17 anos sem registros significativos, essa variante voltou a circular, aumentando o risco de surtos e complicações na população, especialmente entre aqueles que nunca foram expostos a esse sorotipo.

Situação Atual

  • Aumento de Casos: Em janeiro de 2025, São Paulo registrou um aumento alarmante de 51% nos casos de dengue em comparação ao mesmo período do ano anterior, com mais de 43.817 casos confirmados até o dia 18.
  • Mudança no Sorotipo: Durante todo o ano de 2024, os sorotipos predominantes foram o DENV-1 e DENV-2, mas agora a introdução do DENV-3 representa um risco significativo. A epidemiologista Regiane de Paula alerta que isso pode resultar em um aumento considerável de casos graves.

Riscos Associados

A infecção por um sorotipo da dengue não conferirá proteção contra os outros tipos. Assim, a reintrodução do DENV-3 pode levar a uma maior incidência de dengue grave, especialmente em pessoas que já tiveram outras variantes da doença. Isso aumenta o risco de complicações severas, como a dengue hemorrágica, que é significativamente mais letal.

Vacinação e Medidas Preventivas

Atualmente, a única vacina disponível no Brasil é a Qdenga, que tem uma capacidade limitada de cobertura. Aproximadamente 9,5 milhões de doses foram adquiridas para 2025, mas esse número é insuficiente para atender toda a população. Além disso, a vacina do Instituto Butantan ainda está em processo de aprovação e não estará disponível em quantidade suficiente até 2026.

As autoridades enfatizam que as medidas tradicionais de prevenção continuam sendo essenciais. Isso inclui:

  • Eliminação de Criadouros: Remover água parada em recipientes como pneus e garrafas.
  • Cobertura de Caixas d’Água: Garantir que fontes de água estejam bem tampadas.
  • Campanhas Educativas: Informar a população sobre os riscos e as formas de prevenção.

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A combinação do retorno do sorotipo 3 da dengue com as condições climáticas favoráveis à proliferação do mosquito Aedes aegypti coloca o Brasil em um cenário crítico para 2025. A vigilância contínua e as ações preventivas são fundamentais para controlar a disseminação da doença e proteger a saúde pública.