As influenciadoras que lucram com informação falsa sobre saúde feminina

30
As influenciadoras que lucram com informação falsa sobre saúde feminina

Recentemente, um relatório destacou como influenciadoras em várias partes do mundo, incluindo o Brasil, estão lucrando com informações falsas sobre saúde feminina, especialmente no que diz respeito à síndrome do ovário policístico (SOP). Muitas dessas influenciadoras, que possuem grandes audiências nas redes sociais, promovem produtos e tratamentos não comprovados, explorando a vulnerabilidade de mulheres que buscam soluções para suas condições de saúde.

Principais Questões Identificadas nas influenciadoras

  1. Desinformação Sobre a SOP: Influenciadoras estão divulgando alegações enganosas, como a cura da SOP por meio de suplementos alimentares e dietas extremas, como a cetogênica. Especialistas afirmam que não há evidências científicas que suportem essas afirmações e que essas dietas podem até agravar os sintomas da condição.
  2. Exploitação de Lacunas Médicas: A falta de tratamento eficaz e acessível para a SOP faz com que muitas mulheres se voltem para soluções alternativas oferecidas por influenciadores. Até 70% das mulheres com SOP não são diagnosticadas, o que cria um espaço para a desinformação prosperar.
  3. Casos de Mulheres Afetadas: O relato de Sophie, uma mulher que investiu em um “protocolo de saúde” prometido por uma influenciadora, ilustra o impacto negativo dessas práticas. Após um ano seguindo o programa e gastando milhares de dólares, seus sintomas não melhoraram, resultando em uma relação prejudicada com seu corpo e alimentação.
  4. Impacto Psicológico: Muitas mulheres relatam experiências negativas ao seguir essas orientações, incluindo distúrbios alimentares e sentimentos de inadequação quando não obtêm os resultados prometidos.

Veja mais:

A Folha do Nordeste | O Melhor Jornal do Nordeste
Ronaldo Neres | Design Gráfico

A situação destaca a necessidade urgente de conscientização sobre os riscos da desinformação em saúde nas redes sociais. Mulheres devem ser incentivadas a buscar orientação médica qualificada e crítica em relação às informações que consomem online. A regulamentação do conteúdo relacionado à saúde nas plataformas digitais também é uma questão importante a ser considerada para proteger o público de práticas enganosas.