O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, lançou em Washington a Plataforma Brasil de Investimento Climático e para a Transformação Ecológica (BIP) no dia 23 de outubro de 2024. Este evento ocorreu durante a participação do Brasil nas reuniões do G20 e do FMI, com o objetivo de facilitar a captação de investimentos internacionais para projetos ambientais e sociais no país.
Índice de Conteúdo
A BIP é resultado de um esforço conjunto que durou um ano e meio, envolvendo os Ministérios da Fazenda, Meio Ambiente, Minas e Energia, e o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). A plataforma tem como meta conectar investidores a projetos validados que estejam alinhados com o Plano de Transformação Ecológica, visando a neutralidade das emissões de gases de efeito estufa até 2050. Durante o lançamento, Haddad destacou a importância da plataforma para estruturar melhor os projetos e aumentar a mobilização de recursos.
A iniciativa também busca integrar soluções baseadas na natureza, bioeconomia, indústria e mobilidade, além de energia. A plataforma foi desenvolvida em colaboração com instituições como a Bloomberg Philanthropies e a Aliança Financeira de Glasgow para o Net Zero (GFANZ). A presença da ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, no evento reforçou o compromisso do Brasil com as políticas climáticas até 2035.
A BIP representa uma nova fase na agenda ambiental do Brasil, promovendo um “match” entre financiamento e projetos sustentáveis, com a intenção de transformar a economia verde do país.
Plataforma de Investimentos
A Plataforma Brasil de Investimentos Climáticos e para a Transformação Ecológica (BIP) tem como principais objetivos:
- Atração de Investimentos: Criar um ambiente favorável para o desenvolvimento de iniciativas climáticas, conectando investidores a projetos sustentáveis e inovadores, visando aumentar os investimentos na transição ecológica e no combate às mudanças climáticas.
- Suporte a Metas Climáticas: Apoiar o avanço das ambiciosas metas climáticas do Brasil, alinhadas com o Acordo de Paris, buscando reduzir as emissões de gases de efeito estufa e promover práticas de economia verde.
- Integração de Setores: Focar em três setores principais: soluções baseadas na natureza e bioeconomia, descarbonização da indústria e mobilidade urbana, e energia renovável. Isso inclui iniciativas como restauração da vegetação nativa, mobilidade elétrica, e produção de hidrogênio verde.
- Capacitação e Governança: Promover a capacitação de recursos humanos para atuar em clima e sustentabilidade, além de garantir uma governança eficaz através da colaboração entre ministérios e instituições financeiras.
- Facilitação de Parcerias: Estabelecer um fórum global que promova a colaboração entre o setor público e privado, ampliando o acesso a capital doméstico e internacional para projetos prioritários.
A Folha do Nordeste | O Melhor Jornal do Nordeste
Ronaldo Neres | Design Gráfico
Esses objetivos visam não apenas impulsionar a economia verde do Brasil, mas também fortalecer sua posição como líder em iniciativas sustentáveis no cenário global.